O gigante nunca dormiu
Se por lobby dos planos de saúde, ou por desconexão com a realidade brasileira, antes da pandemia, alguns questionavam a existência do Sistema Único de Saúde, um peso que não deveria ser suportado pelos impostos. Se alguém saiu fortalecido da pandemia foi o SUS, um gigante que não precisou acordar… pois nunca dormiu no trabalho.
A fila da CEF
Quantas pessoas usufruíram do auxílio-emergencial sem precisar?… E quantas pessoas pegaram o auxílio porque precisavam?… A resposta é a mesma: muita gente. Antes da pandemia, o bolsa-família era visto como um problema. Mas a pandemia mostrou que políticas assistências são um caminho. O problema é a corrupção… que muitas vezes começa na fila da CEF.
Nunca faltou dinheiro
A federação brasileira sempre foi motivo de crítica: a União fica com a maior parte dos tributos. Prefeitos têm que ir à Brasília com um pires na mão e governadores sonham rolar dívidas. Com a pandemia, a União foi obrigada a tirar o escorpião do bolso e mandar dinheiro aos Estados. Nunca faltou dinheiro para a União… o que falta são reformas.
De ponta-cabeça
O ICMS sempre foi motivo de discussão entre Estados na chamada guerra fiscal. Nem Ives Gandra imaginaria que a União viria a brigar com os Estados por conta de ICMS e gasolina. A pandemia virou de ponta-cabeça a lógica financeira e tributária… só não inverteu a lógica do petróleo…
O petróleo não é nosso
É o petróleo que move o mundo, isto ficou bem claro na pandemia. E não se sabe se há mais banana ou petróleo no Brasil. Cabe a União – através da Petros – adotar políticas para fixação de preços. A política adotada é a do mercado internacional, ou seja, a política não é nossa! Um tecnocrata pode afirmar: “Esta é a melhor política”. Tudo bem. Mas é fato que botamos preço na banana… e o petróleo não é nosso.
Para finalizar
A vacinação reduziu as mortes na pandemia.
Emerson Souza Gomes
Blogueiro e advogado
www.cenajuridica.com.br
