Instituto não cumpre a promessa de prazo para entregar documentos e solicita mais tempo


O Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) que faz a gestão do Hospital Nossa Senhora da Graça e da UPA 24h informou na semana passada que iria entregar até sexta-feira, dia 4, os documentos solicitados pelo Conselho Municipal de Saúde referente a denúncia de que funcionários com Covid-19 estivessem no ambiente de trabalho mesmo positivados. Mas não cumpriu a promessa realizada. Ao contrário, pediu mais tempo, até dia 23. O Conselho solicitou documentos para verificar se houve riscos à saúde dos demais empregados.

Ontem, através da assessoria de imprensa, o INDSH informou que havia entregue todos os documentos na quarta-feira, dia 9. “O atraso ocorreu porque não houve tempo hábil para a finalização na sexta e, como segunda e terça eram feriados, a entrega foi feita apenas ontem, quarta-feira”, informou.

Porém, o documento entregue era um ofício ao Conselho Municipal de Saúde solicitando mais prazo, até dia 23 de setembro. A demora para a entrega, segundo o documento, é por que o instituto está “apurando os fatos e que um dos envolvidos está de férias”.

Hoje pela manhã o Instituto voltou a dizer que toda a documentação havia sido entregue. Quando informado sobre o conhecimento do ofício, a entidade mudou a versão. Segundo a Diretora Executiva da entidade, Clemência M. de Souza, a entidade disse que pediu mais tempo. (Veja a nota ao final da matéria)

Investigação interna no hospital

No ofício 227/2020 encaminhado pelo INDSH ao Conselho, a Diretora Executiva da entidade, Clemência M. de Souza, afirma que a entidade está investigando a situação. Mas o documento enviado pelo Conselho Municipal de Saúde não faz menção a necessidade da gestora em investigar os fatos. O pedido é para que ela forneça a data dos exames de PCR, a data do resultado dos exames e a cópia do registro eletrônico da frequência de ambos os funcionários denunciados.

Para a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Janet Pabirnart, o ofício encaminhado pelo Instituto não ajuda na elucidação do caso denunciado por funcionários do hospital. “O Conselho Municipal de Saúde recebeu o ofício pedindo prazo para responder ao Conselho alegando estar apurando os fatos e também devido a férias de um funcionário. Recebemos o ofício embora se entenda que o que o Conselho pediu independe disso”, comentou.

A presidente do CMS enfatizou que a intenção é saber se houve irregularidades ou omissões no caso de funcionários continuar trabalhando mesmo diagnosticados com Covid-19, conforme as denúncias. “Os dados que foram pedidos são justamente para que o conselho possa averiguar a veracidade dos fatos”, disse.

Veja a nota emitida

Caro jornalista Nilson Antônio, da Folha Babitonga

A diretoria do Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora da Graça (HMMNSG) e da UPA 24 Horas informa que enviou, na última quarta-feira, dia 9, um ofício ao Conselho Municipal de Saúde comunicando que necessitará de prazo adicional para deliberar as informações solicitadas pelo órgão, haja vista que as mesmas carecem de apuração detalhada e pareceres técnicos de profissionais do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), organização social que administra o HMMNSG e a UPA 24 Horas.


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