Dia Roxo: Dr. Vicente fala dos desafios em torno da epilepsia

Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL/Arquivo

26 de março é mundialmente conhecido como o Dia Roxo ou Purple Day, dedicado ao tema da epilepsia. O deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que é médico neurologista, repercutiu o tema na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, durante participação no programa Conecta da TVAL. Ele é autor da lei que definiu a data como Dia Estadual da Conscientização sobre a Epilepsia no estado. Para o parlamentar, o desafio é romper preconceitos quanto à doença e garantir que pacientes tenham acesso a tratamento adequado.

“É um dia emblemático para lembrar da existência dessa doença, desse problema que afeta milhares de pessoas, com o objetivo de combater as mazelas que existem, como o preconceito, que prejudica muito a vida das pessoas, dificultando inclusive o acesso a emprego”, afirmou o parlamentar. Ele defendeu a ampla difusão de informações sobre a epilepsia para desconstruir mitos que existem sobre a doença e para que a pessoa que estiver tendo uma convulsão seja atendida de forma correta. “Buscamos melhorar a vida da pessoa com epilepsia garantindo que tenha o acesso a exames, diagnósticos e ao tratamento médico adequado.”

A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, 1,9 milhão delas no Brasil. Em Santa Catarina, com base nessa estatística, seriam cerca de 130 mil pessoas.

O deputado explicou que a cada 100 casos em 70% dos pacientes o tratamento resulta na estabilização da doença (o paciente deixa de ter ataques), 20% deles convivem com essas crises e 10% são pacientes com epilepsias graves, de difícil controle, chamadas de refratárias .“Para essas pessoas a situação é dramática e há necessidade de procedimento cirúrgico. O sistema de saúde precisa estar pronto para atender de forma adequada esses pacientes. Infelizmente, muitas dessas pessoas têm dificuldade em conseguir realizar exames básicos como eletroencefalograma ou uma tomografia de crânio, o que mostra que o SUS [Sistema Único de Saúde] precisa avançar.”

Na entrevista, o deputado lembrou que quando foi secretário de Estado da Saúde, em 2017, foi criada a telencefalografia, iniciativa que permite que o exame seja realizado em diversas cidades do estado com diagnóstico remoto do Hospital Universitário em Florianópolis.